Esboço de lua
Das noites,
e das madrugadas... a calma na vastidão
dos mistérios... ´ alguns felizes, por outros; sofridos.
Nada que com o tempo não supere.
No despertar de um lindo sonho, ou de um longo
pesadelo, aliviar-se, abrindo a janela, acende a luz
do último andar da vida, na escuridão... perceber
um esboço de lua encoberta, que cobre a cidade
e um tempo adormecido.
Dentro do profundo silêncio, tanta coisa
louca e em vão, bem como o ódio, os desejos tolos,
e a desordeira ambição, que está no outro;
Hábito triste, de quem não vive a própria vida.
Precisamos de tão pouco, não basta orar pelo mundo,
por sua vida em si, em meio a tanta ausência.
Um banho de pensamentos toma conta do espaço
triste e vazio... Na calmaria, a lembrança daquele que teve
o seu sonho destruído, em meio a tanta violência.
Entre uma oração e outra, a alma recua a dor e tudo esquece.
Pensa naquele que prolonga seu sofrer, sente-se infeliz,
padece.
Não sabe que para ser feliz basta querer, ah se soubesses!
Seria mais simples, esse detalhe, compreender,
quando a alma tende a ser infeliz, acostuma-se aos lamentos,
de agradecer e de sentir alegria, esquece.
Liduina do Nascimento