As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos

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Ali ...

 

 

Talvez ali, seja aonde eu realmente saiba que amar faz parte do meu ser, certamente, ali é onde eu reafirmo e renove as minhas forças, na vontade de continuar acreditando, onde eu reencontre a esperança, e no alto, no verde, os meus olhos, cedinho da manhã, nem procure alimento para o meu corpo, com a alma plena em meio a tanta beleza, tiro os meus pés do chão e com os passarinhos eu voe feliz, de um lado para outro e cante... Glorificando Deus, a vida e a natureza, pois ali não é um lugar qualquer! 

 

E por ali, eu sigo absorvendo a essência do lugar, num todo, esquecendo que existe uma cidade ao longe

que nem ousa me esperar, ali eu me sinto em casa, com a simplicidade de tudo, a naturalidade de tudo, sinto uma inexplicável paz, esperando os primeiros raios de sol, os primeiros visitantes, cantantes, cada espécie

e suas penas coloridas, seus cantos distintos, neles, tudo me fascina... espero dos primeiros, até os derradeiros raios de sol, mas aproveito cada segundo do dia, e espero o cedinho da tarde, o sol esconder o seu brilho, por detrás dos montes. Quando vem a noite, quase não durmo cedo, ouvindo a voz dos ventos, e de alguns bichinhos dando sinal de vida, é uma orquestra em sintonia.

 

Ali ... 

 

Talvez ali, esteja uma das razões que me faz insistir na busca por um silêncio diferente, verdadeiro, é o lugar que a minha alma escolhe para compreender a beleza do existir, existindo... O porquê do canto festivo dos pássaros, quando cada um canta enaltecendo a vida, logo que o dia clareie, iluminando a minha alma. E a gente acorda com o barulho da chuva, e nada mais falta... nada. Esse é o lugar que eu sempre chamo de paraíso.

 

Ali ...  

Não sinto a vida com sôfregos pensamentos, não conto os dias como um feriado desejado... esqueço de tudo, piso em cada pedra, nelas vou passando calmamente a minha mão, olho para além, e em cada ramo da folhagem que eu afasto para poder passar, faz tão suave a caminhada, me transformo, não penso num mundo lá fora, tão longe de mim. E repito que nada mais me falta... encontrei o meu lugar, outro melhor que esse não existe, é para este lugar, que enquanto eu viver, vou sempre querer voltar! 

 

Porquê, sempre quando para o mundo em que vivo, eu retorno;

É como se uma outra em mim, feliz por fazer parte da vida, vivesse muito mais, e essa que retoma esse outro lado da vida, aqui... demora numa nova estação da alma, onde por um longo tempo irá me alimentar, e vai ficar.

E eu canto, danço, sorrio até, se estou feliz ou não, não sei, mas de bem com a vida eu sempre volto para cá.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 20/02/2024
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