As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos

 

 

                   Afoitos

 

 

O que pensar sobre a vida, ôco me parece.

A melhor viagem ainda está nos pensamentos,

por caminhos... empolgante, frustrante!

E nas noites de insônia, sem os sonhos?

Despertar para a decepção, isso me apaga.

Volto a fazer mais uma prece.

 

Assim... desfiando as noites e os dias,

sem amar a realidade, e sem as fantasias.

A vida, misto de sofrer, melancolía, derrotas,

contentamento e superação.

É um fazer história, sem cessar, até cansar.

O amor invade sem pedir licença, então!

 

Predominante se torna a ilusão, a promessa,

é para a dor da alma, uma doce distração. 

Sorrir com esperança, decifrando mistérios,

confundir-se, sem alcançar algo tão sonhado.

Buscar a paz, sem muitas vezes encontrar,

escorregar nos erros, fugir da emoção...

 

Esconder-se, para não se entregar inteiro,

nem pela metade... É um perder ou ganhar!

 

Até sem querermos competir, corremos riscos

de os mesmos erros repetir... nos levantamos,

afoitos somos, sem podermos do circulo sair.

 

Entregando-se às expectativas, verso realidade,

suavizando as dores na alma, a dramatologia

é viver, com ou sem poesia. A vida é um passado

mais que um futuro, a nos confundir!

A ruína, é quando tentamos, sem sucesso,

superar o que dói, que são as mesmas saudades.

 

 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 20/02/2024
Alterado em 20/02/2024
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