As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos

 

 

 

 

 

 

 

Infinito universo
 

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No brilho da noite reflete a minha vã ilusão,
quando começa a escuridão, nas areias da praia

vou me perdendo... caminho sem direção, tempo,
juro que dele, perco a noção.


Sem qualquer certeza, nem licença para fugir, voo, 
para longe de mim. Desconheço novos sonhos.
Relutante esperança persiste em me acompanhar...
Resto de vida à fora, sem mais ilusão, ainda abraço.


Dúvidas se calam, a ousadia escorrega pelos cantos.
Aterrisso, um chão molhado, indiferente, agora piso.
O tempo alheio voa pela sala, quer ajustar o meu juízo.


Passatempo, é pensar, amar não é brincadeira,

e o tempo passa... vai me levando consigo.
Quero a chegada da felicidade que nem me avisa,

o quanto ser feliz é um perigo!
Tempo! Peço; Não passa, não passa...

Martelando os sentimentos, feito incessante

goteira, escorregando pela vidraça.


Tempo que ensina, e nem tudo sara, nenhuma
ilusão por mais louca que pareça, se perde,

antes me machuca, ressalta a própria existência,

essa saudade é uma dor, que a nada se compara.


Exitante é a caminhada, nesse infinito universo que
ainda move em mim, alguns sonhos. Vou respirando, 
guardando a ilusão do amor, único passatempo

dessa alma desencantada, que suspira

de desejo, ao relento...


Cada encanto do amor, é o que enfeita a estrada,
essa que divide os nossos mundos...
E tanto nos separa, o amor é uma louca sensação,
que se revigora a cada estação e nunca para,

o seu destino é sem motivação, voar!

 

Voe, a estrada às vezes se fecha...

São tantos os obstáculos!

São pedras, abismos, toros de madeira,

bueiros, e quando chove... há só remendos.

Ah! Fica tão impossível de passar!

E para que queremos as asas!?

Nada nos impede de seguirmos a viagem,

quando muito maior em nós, é a vontade de chegar.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 31/01/2024
Alterado em 15/02/2024
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