As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Não tem explicação



Os dias estão mais longos, ou mais curtos
Não existe mais a ansiedade ou o medo...

Todo final de tarde, eu e os meus irmãos ficávamos ao portão
Pelo lado de dentro da cerca
Esperávamos a boiada passar
E os boiadeiros ao longe gritavam indicando o rumo do gado
Era raro aquele que fugia do rebanho

O silêncio da rua, a falta de movimento, a saída
A chegada, a falta dos sorrisos
A falta das vozes em coro dizendo bom dia!

Sou àquele que fora do rebanho, se perdeu

Sou uma alma que caminha só pelas ruas
E que chegando aos corredores, às salas antes lotadas
Mistura-se ao silêncio
E o nada por trás das vidraças

Uma tristeza que não tem acolhimento num coração vazio
Não tente entender, o que só eu sinto, e o silêncio nem sempre
Diz tudo o que eu preciso ouvir, mas é sempre
Um incentivo à mudanças, a falta das palavras
A ausência de alguns companheiros
Que partiram, e deixaram o meu coração partido
E todas as manhãs, parto para a guerra.





Liduina do Nascimento
 
Enviado por Liduina do Nascimento em 06/06/2021
Alterado em 07/06/2021
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