As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos










 
Mudei


Houve um tempo em que eu poderia contar a minha história com detalhes, depois percebi que alguns fatos foram perdendo a sua significância, fui achando tudo tão comum, foi quando a minha história sofreu uma forte pancada de vento, vi a porta pesada se fechando comigo por dentro. O maior desafio era decidir se iria abrir ou não essa porta de proteção para me permitir seguir em frente, saber viver é aprender a se preparar para as adversidades, deixar de sermos estranhos a nós.
Foi quando eu perdi o medo do confronto comigo mesma.
Aprendi a lidar ou ignorar o outro, soltei as amarras, mantendo a distância ou proximidade na medida certa, para poder caminhar livremente no mundo que eu construi limpo e bonito, longe de promessas. Gosto de manter como defesa, uma certa estranheza, me sinto mais segura.
Continuarei comemorando a minha mais nova conquista na visão deste meu ciclo encantado e real. Sofri até descobrir que é gratificante ser você mesmo dentro de uma sociedade hipócrita, sem precisar ser o que os outros  esperam que sejamos, não é difícil ser feliz, às vezes um pouco de melancolía cai bem, afinal o estado da alma não tem compromisso, tudo se esvai, tudo flui, tudo vive e finda, dentro ou portas e janela à fora.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 21/06/2017
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