As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Cheiro de terra molhada
 





Viver numa cidade de clima muito quente, nos faz passarmos a maior parte do nosso tempo, num frio artificial, seja no  trabalho, nos shoppings, nos carros, estamos sempre à nos refugiarmos em espaços frios, sem absorvemos o calor intenso do sol, enfim, ou sentirmos a brisa natural da noite com os seus encantos, temos a sensação o tempo todo de que as pessoas tem na pálida cor da pele, impregnados sem que se perceba, o cheiro das salas de escritórios,  apesar de sermos privilegiados por termos o mar, e suas águas para nos refrescarmos, passamos mais tempo trabalhando do que aproveitando a vida. Que ao sairmos às ruas nos deparamos com a vida bem real e bem quente, até nos acostumamos.
O sol hoje foi bem mais claro, mais quente, eu costumo dizer; soberano.
O chão hoje estava em brasas, e também o meu coração, de repente uma nuvem como se fosse sob encomenda, vindo dos lados dos ventos que sopra amor, surgiu.
Nuvenzona, cheia de alegria, que molhou rapidamente o chão esturricado, dando uma resfriada até na alma, na minha pelo menos. Até o sol estava com saudades do cheirinho de terra molhada, ao fundo o brilho dos seus raios, onde você vai fechando os seus olhos e pensa...

- E gosta...

Reporta-se por inteira, mistura-se com a saudade dos segundos que se esvaem, momento encantado, desses que nunca podemos esquecer, 
nessa viagem divina chamada de vida. Quando a terra fica molhada, sabe que foi presente da luz  do sol, que encandeou a nuvem só para trazer mais  vida com esse cheiro de terra... Vem traz felicidade.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 13/09/2016
Alterado em 26/09/2016
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