As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Não foi em vão




Canta

enquanto te ouço...
penso,
te conheço, me conheces.
Alça voo, leva o meu olhar,
vem a noite...

descansa.

Antes me põe no chão.
Fico à sonhar!
Canta
assim volto à realidade.
Vai...
secou minhas lágrimas,
uma última ainda cai,
a tristeza esquecerei.
Cedo despertarás,
cantarás,
para te ouvir, esperarei.

Por esta noite adormeci
sonhando com o teu
cantar, sozinha, emudeci.

Amanheceu,
eu de portas fechadas
nem acordei,
cantou cantou cantou
sem te ouvir, chorei.
Outro dia chegou...

cantou?

_ Sonhava contigo,
algo, quis te dizer... não consegui.
a minha voz falhou,
não te esqueci, o amor
silenciou.

Outra madrugada,
não viestes...
ouço apenas as folhas
arrastadas pelos ventos
pelas calçadas.

Tudo parou, já nãos cantas,
já não sonho...
a chuva traz esperança,
guardadas,
ah quantas lembranças.

Não foi em vão
as vezes que cantastes
para me fazer feliz,
deixou as sementes, da flor
reergueu-me e se foi,
encheu meu peito de amor.

A minha alma sem ti,
ora rende-se,
sem canto e sem poesia,
já não consegue acordar,
no infinito se perdeu
toda minha alegria.


Liduina do Nascimento
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Enviado por Liduina do Nascimento em 28/08/2023
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