As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Voos sem volta

 

As folhas levadas pelos ventos, passam sem que eu possa alcançá-las, mas levam tanto de mim, ao vê-las secando, penso feito alguns dos sonhos que um dia alimentei, vivos, verdes, onde um coração eu desenhei, sem que fosse hoje somente uma lembrança de tudo que imaginei viver, e não vivi... o vento por sua vez, conta coisas que não preciso ouvir, alguma coisa não me fala de esperança... mas de desilusão, de solidão a qual me acostumei, nem me lembro se sofri.

 

Ventos, os ouço, e guardo, continua... passando, voam as folhas secas, feito as borboletas, que nunca tiveram cor, voam, voos tristes e sem volta, para longe, do céu e do chão, pelos ares rodopiam, tangendo sem eco, os meus suspiros de amor que nem sei para onde os meus ais, se vão. Suspiros que não são ouvidos, misturam-se ventos e seus gemidos... pensamentos, voam tão alto, sem sair do lugar.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 08/02/2022
Alterado em 13/09/2022
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